Ultra, sed intra - Além, porém dentro
quinta-feira, 22 de maio de 2014
Gestão Democrática: Existe? Não existe? É necessária? Por quê?
Quando falamos em gestão democrática, é preciso ter em mente o que se quer dizer por isso. Se é democrático, deve haver hierarquia? Se sim, como democratizar algo que precisa ter alguém que delibere?
A redemocratização do ensino no Brasil, desde a década de 60, mais ou menos, tem trazido diversas discussões sobre como fazer escola.
Acontece que o ensino foi dissociado (pasmem!) da vida intelectual, e foi priorizado um "fazer" sem comunhão com o conhecimento filosófico. Tudo fruto da falta de abstração de Kant e do materialismo de Marx. Entretanto, pede-se que falemos em gestão democrática de modo a fazer entender que "a escola é de todos e para todos" e... ("emana de todos"?). Anyway, de que maneira, observando a vivência escolar, pode-se demonstrar um tipo ou episódio dessa democracia? E quando ela acontece, quais os indícios de que funciona?
Dias atrás a escola decidiu por implantar novo horário para as saídas da sala de aula. Tudo decidido e devidamente anotado em reunião, com participação de pais, alunos, professores e gestores. Todos concordaram, elogiaram.
Nos dias que se seguiram, quase metade dos alunos não respeitou o que havia sido definido. Em que momento deixou de ser democrático? Em nenhum. Acontece que não existe evidências de que a gestão democrática, nos moldes nos quais é transmitida ou ensinada, funcione.
É preciso mais que "democracia" para criar um ensino personalizado, que tenha como finalidade o desenvolvimento pleno do aluno. E isso, meus caros, é tarefa dificílima que, infelizmente, tem sido negligenciada com tantas teorias malucas. O simples e trivial ainda funcionam mais que uma série de desconfortáveis e incômodas maneiras de ser e fazer o que não existe!
Imagem disponível em: http://www.l3crm.com.br/blog/index.php/o-que-e-educacao-personalizada/
terça-feira, 1 de abril de 2014
Proposta de Intervenção: 1. Morte e Vida Severina: Explosão da Vida, ainda que pequenina
Nesta última atividade, foi solicitada a realização de uma proposta de intervenção na qual houvesse a possibilidade de trazer para o nosso ambiente de trabalho parte do que estamos aprendendo no curso.
Partindo já de algumas experiências que tenho tido como professora de Português, e percebendo que a Literatura une as almas, escolhi como tema de intervenção, a leitura de um dos clássicos do Modernismo Brasileiro: "Morte e Vida Severina", do mestre João Cabral de Melo Neto.
O livro dispensa apresentações, mas nunca é demais dizer que é uma das maiores (e aqui sou suspeita e passional) senão a maior obra nacional! O artífice da Palavra se consagrou com essa peça em versos! Embora pareça um livro só de "nãos", Morte e Vida Severina termina com a explosão da vida, contrariando todas as adversidades que encontra! É por causa dessa característica encantadora que escolhi tal livro. A readaptação da peça em um tema com deficiência entra no conjunto de critérios para a proposta.
O tema seguirá uma linha pouco ortodoxa, uma vez que colocará em pauta a criança com deficiência.
Quando se lê o texto "Fundamentos históricos e conceituais da Educação Especial e inclusiva:
reflexões para o cotidiano escolar no contexto da diversidade", percebe-se que há, sim, uma história já um tanto vencida no que diz respeito à educação inclusiva. Contudo, é importante ressaltar que, além da segregação, houve, bem antes disso, o extermínio das pessoas com deficiência, e o Cristianismo, ao chegar, conferiu às pessoas a sabedoria de tratar com dignidade os que antes eram tidos como lixo.
Partindo disso, é comum hoje observar leis que permitem que crianças com alguma deficiência previamente detectada sejam abortadas. Isso é inclusão? Só se for inclusão em estatísticas de mortes de não nascidos!
Bem, a linha que a reescrita pretende adotar é que a vida, a "Explosão da Vida, ainda que pequenina" é um direito natural, "é a parte que te cabe neste latifúndio" e precisa ser defendida. Nesse aspecto, pretende abordar os temas da inclusão e da defesa da vida, uma vez que se defendemos sua inserção na escola, é porque acreditamos que eles tenham valor tanto quanto nós!
Logo abaixo seguem alguns links que julguei interessantes, entre eles, o diálogo de "Severino Retirante" e "Seu José Mestre Carpina", considerado por mim, um dos diálogos mais transcendentais que já li e que inspirou o presente projeto.
Diálogo entre Severino Retirante e Seu José Mestre Carpina
Filme Completo Morte e Vida Severina
Animação excelente sobre o filme.
Proposta de Intervenção
Partindo já de algumas experiências que tenho tido como professora de Português, e percebendo que a Literatura une as almas, escolhi como tema de intervenção, a leitura de um dos clássicos do Modernismo Brasileiro: "Morte e Vida Severina", do mestre João Cabral de Melo Neto.
O livro dispensa apresentações, mas nunca é demais dizer que é uma das maiores (e aqui sou suspeita e passional) senão a maior obra nacional! O artífice da Palavra se consagrou com essa peça em versos! Embora pareça um livro só de "nãos", Morte e Vida Severina termina com a explosão da vida, contrariando todas as adversidades que encontra! É por causa dessa característica encantadora que escolhi tal livro. A readaptação da peça em um tema com deficiência entra no conjunto de critérios para a proposta.
O tema seguirá uma linha pouco ortodoxa, uma vez que colocará em pauta a criança com deficiência.
Quando se lê o texto "Fundamentos históricos e conceituais da Educação Especial e inclusiva:
reflexões para o cotidiano escolar no contexto da diversidade", percebe-se que há, sim, uma história já um tanto vencida no que diz respeito à educação inclusiva. Contudo, é importante ressaltar que, além da segregação, houve, bem antes disso, o extermínio das pessoas com deficiência, e o Cristianismo, ao chegar, conferiu às pessoas a sabedoria de tratar com dignidade os que antes eram tidos como lixo.
Partindo disso, é comum hoje observar leis que permitem que crianças com alguma deficiência previamente detectada sejam abortadas. Isso é inclusão? Só se for inclusão em estatísticas de mortes de não nascidos!
Bem, a linha que a reescrita pretende adotar é que a vida, a "Explosão da Vida, ainda que pequenina" é um direito natural, "é a parte que te cabe neste latifúndio" e precisa ser defendida. Nesse aspecto, pretende abordar os temas da inclusão e da defesa da vida, uma vez que se defendemos sua inserção na escola, é porque acreditamos que eles tenham valor tanto quanto nós!
Logo abaixo seguem alguns links que julguei interessantes, entre eles, o diálogo de "Severino Retirante" e "Seu José Mestre Carpina", considerado por mim, um dos diálogos mais transcendentais que já li e que inspirou o presente projeto.
Diálogo entre Severino Retirante e Seu José Mestre Carpina
Filme Completo Morte e Vida Severina
Animação excelente sobre o filme.
Proposta de Intervenção
1. Morte e Vida Severina: Explosão
da Vida, ainda que pequenina
2.
O objetivo da proposta.
o
Fazer com que os alunos tenham
contato com os clássicos da literatura
o
Sensibilizar os alunos
(solidariedade)
o
Aumentar a interação entre os
alunos
3.
Quem serão os participantes.
ü Unidade Escolar São Paulo da Cruz
ü Alunos do Segundo ano do Ensino Médio.
ü Professora Andréia Medrado
ü Pais dos alunos e a comunidade escolar
4.
O desenvolvimento da atividade.
Detalhe como ela será desenvolvida, o tempo previsto para seu desenvolvimento e
os materiais que serão utilizados.
ü Primeiro: Ler com a turma o livro “Morte e Vida Severina” (Leitura
em Sala de aula).
ü Segundo: Após a leitura, pausada e dramatizada (professora),
discutir com os alunos o tema do livro bem como fazer uma analogia com os dias
atuais.
ü Terceiro: Dentre os alunos, escolher “contadores” da história lida
e solicitar que leiam para os colegas.
ü Quarto: Reescrita da peça adaptada para a realidade da inclusão no
Brasil. Junto com a professora, os alunos reescreverão a peça, adaptando-a para
uma determinada realidade na qual a deficiência é o motivo da queixa de
Severino.
ü Quinto: Apresentação da peça – dramatizada pelos próprios alunos.
ü Materiais necessários:
“Morte e Vida Severina” – 38 exemplares
Papel Cartão / Cores sortidas – 50 unidades
Cartolina Diversas Cores – 30 unidades
Cola quente – 20 unidades
TNT Marrom – 6 metros
TNT Azul Mar – 10 metros
TNT Preto – 10 metros
TNT Branco – 3 metros
ü Duração da atividade: Previsão de 10 aulas.
ü A Avaliação será feita de maneira contínua, levando em
consideração o desempenho dos alunos em cada etapa do projeto.
5.
Quais resultados esperados.
ü Participação dos alunos na realidade: há alunos que têm
deficiência e são tratados como inexistes, tais como o Severino, que, de uma
forma ou de outra, sabia que iria morrer. Exterminar (ou pelo menos tentar) a
visão de que há só um caminho para a inclusão.
ü Aumentar a presença dos pais na Escola a partir da apresentação da
peça.
ü Oferecer esperança aos alunos, que, a exemplo de Seu José, Mestre
Carpina, queiram, a qualquer custo, “a vida de cada dia, cada dia compra-la”.
Pax et bonum
Andréia Medrado
segunda-feira, 31 de março de 2014
Sabendo-se livre para pensar "fora da caixinha"
Repetir discursos é a maneira mais corriqueira de esconder o que não se sabe. É tempo, portanto, de se permitir conhecer toda a verdade da coisa, uma vez que a Verdade é a força que move o homem.
O vídeo acima não reproduz, certamente, tudo o que penso ou creio, contudo, é um contraponto ao mainstream educacional. Se nos conformamos com uma visão única, engessada (e é engessada em princípios filosóficos deturpados - falaremos mais nas próximas postagens), não estamos, decerto, prontos para adotarmos o título de professores.
Assistam ao vídeo. Acredito que vale a pena dar-se a chance!
Pax et bonum
Andréia Medrado
terça-feira, 25 de março de 2014
Alguns links de blogs e sites sobre inclusão
Site da escola Papa João Paulo II
http://escolapapajoaopaulosegundo.blogspot.com.br/p/sala-de-recurso.html
É interessante conhecer outros trabalhos a fim de ver que não se está sozinho!
Boa leitura!
http://escolapapajoaopaulosegundo.blogspot.com.br/p/sala-de-recurso.html
É interessante conhecer outros trabalhos a fim de ver que não se está sozinho!
Boa leitura!
Cordas - Um curta sobre Inclusão
Em um curta simples, mas rodeado por complexidade emocional e, sobretudo, racional, "Cordas", filme espanhol, mostra com doçura o relato de uma menina que se dispõe a aceitar alguém que não pode oferecer nada de convencional.
É sensível, é bonito e é, infelizmente, um tanto aquém do que costumamos ver e viver no dia-a-dia.
http://videos.blog.br/cordas-uma-linda-animacao-espanhola-sobre-paralisia-cerebral/
Fiquem com o filme!
Have fun!
É sensível, é bonito e é, infelizmente, um tanto aquém do que costumamos ver e viver no dia-a-dia.
http://videos.blog.br/cordas-uma-linda-animacao-espanhola-sobre-paralisia-cerebral/
Fiquem com o filme!
Have fun!
O começo
OPÚSCULO SOBRE O MODO DE
APRENDER E DE MEDITAR
A humildade é necessária ao que deseja aprender.
O bom estudante deve ser humilde e manso, inteiramente alheio aos cuidados do mundo e às tentações dos prazeres, e solícito em aprender de boa vontade de todos. Nunca presuma de sua ciência; não queira parecer douto, mas sê-lo; busque os ditos dos sábios, e procure ardentemente ter sempre os seus vultos diante dos olhos da mente, como um espelho. |
Três coisas necessárias ao estudante.
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Prime pelo engenho e pela memória.
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A leitura e a meditação.
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A meditação.
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Três gêneros de meditação.
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Do confiar à memória aquilo que aprendemos.
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As três visões da alma racional. Diferença entre
|
Três são as visões da alma racional: o pensamento, a meditação e a contemplação.O pensamento ocorre quando a mente é tocada transitoriamente pela noção das coisas, quando a própria coisa se apresenta subitamente à alma pela sua imagem, seja entrando pelo sentido, seja surgindo da memória.
|
Dois gêneros de contemplação.
|
Três partes da exposição.
|
Os três gêneros de vaidades.
|
As obrigações da eloquência.
Deve, portanto, o doutor das divinas Escrituras ser defensor da reta fé, debelador do erro, e ensinar o bem; e neste trabalho de pregação conciliar os adversos, levantar os indolentes, declarar aos ignorantes o que devem agir e o que devem esperar. Onde tiver encontrado, ou ele próprio os tiver feito, homens benévolos, atentos e dóceis, há de completar o restante conforme a causa o exija. Se os que ouvem devem ser ensinados, seja-o feito por meio de narração; se, todavia, necessitar que aquilo de que trata seja claramente conhecido, para que as coisas que são duvidosas se tornem certas, raciocine através dos documentos utilizados. Retirado do endereço: http://www.cristianismo.org.br/h-opusc.htm |
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